Está tudo tão corrido ultimamente, não é? Parece que não
temos mais tempo para nada, os dias parecem ter encurtado. Vocês acham isso
também?? Está tudo tão confuso, tão perdido... é muita coisa!
Em uma das minhas leituras do dia-a-dia dei de cara com esse
texto escrito por Denis R. Burgierman, publicado na Revista Super Interessante
de Fevereiro de 2014 (páginas 48 e 49) com o título que tem esse post. Bóra
ver:
“Aposto que você
também notou: viver está complicado. É muita senha, muita informação, muito
ódio, muita opção, muita novidade, muito problema que parece ser insolúvel. Por
quê? E tem cura?
Tenho quase certeza de
que você sabe do que eu estou falando. Uma certa angústia, uma sensação de que
tudo está escorregando do controle. E também uma pitada de desânimo com a ordem
geral do mundo, como se não adiantasse fazer nada, porque qualquer esforço vai
se perder numa série de consequências inesperadas, e pode até acabar tendo
efeito contrário ao pretendido. Caceta, de onde vem isso?
A vida está complicada
demais. É muita senha para decorar, muita lei para seguir, muita conta para
pagar. É muito trânsito. Muito carro na rua, disputando espaço com caminhão de
lixo, e é também muito lixo na calçada à espera de alguém que o recolha. É
muito risco, muito crime, muita insegurança.
É muito partido
político, e nenhum deles parece minimamente interessado nas coisas que são
importantes para você. É muita opção de trabalho, mais do que em qualquer
momento da história, e ao mesmo tempo é muito difícil encontrar um trabalho que
faça sentido. É muita doença estranha de que eu nunca antes tinha ouvido falar,
e muita gente morrendo disso. É muita indústria tradicional, de ares eternos,
desmoronando de um segundo para o outro. É muita gente da escola sem saber ler
nem fazer conta. É muito problema, e cada um parece impossível de resolver.
Estou surtando? Só eu estou sentindo isso?”
Não! Não é só ele que está sentindo isso, né? Solução? Não
sei se existe, o segredo é aproveitar os momentos que nos fazem bem como se
fossem únicos, assim não parece que a vida passa inutilmente, sem termos feito
nada.
É isso! Até mais!